segunda-feira, 16 de maio de 2011
Por acaso, te encontrei.
Mas nunca pensei que isso um dia poderia acontecer...
Você era apenas um conhecido, o amigo de uns amigos.
Quem sabe um dia, seria o meu amigo.
Mas nunca pensei... Em você.
Por acaso, te encontrei.
Reencontrei.
Mas nunca pensei que isso um dia poderia acontecer...
Nunca pensei em você.
Aconteceu.
Por acaso te reencontrei.
Entre conversas, e conversas,
e você me fez sentir tão bem, me fez pensar, além...
Hoje não deixo de pensar... Em você.
Pensar em te rever, e talvez,
pensar em fazer acontecer,
tudo outra vez.
Poder me sentir outra vez, bem.
Mas você está longe, longe de mim.
As vezes tão perto, perto de meus pensamentos.
Talvez um dia, perto dos meus sentimentos.
Mas você está longe, longe de mim.
Eu penso em você,
penso seriamente, em te rever.
Poder mas uma vez, te tocar...
Mas uma vez poder de abraçar, poder te beijar...
Estive pensando, gostei mesmo de você.
Mas eu nunca consegui de verdade esquecer.
Nunca pensei que isso um dia poderia acontecer...
Volta, e me faz pensar somente em você.



sábado, 7 de maio de 2011
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 1 de maio de 2011
Tortura do pensar! Triste lamento! 
Quem nos dera calar a tua voz! 
Quem nos dera cá dentro, muito a sós, 
Estrangular a hidra num momento! 

E não se quer pensar! ... e o pensamento 
Sempre a morder-nos bem, dentro de nós ... 
Querer apagar no céu – ó sonho atroz! – 
O brilho duma estrela, com o vento! ... 

E não se apaga, não ... nada se apaga! 
Vem sempre rastejando como a vaga ... 
Vem sempre perguntando: “O que te resta? ...” 

Ah! não ser mais que o vago, o infinito! 
Ser pedaço de gelo, ser granito, 
Ser rugido de tigre na floresta! 

Florbela Espanca


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